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Soluções para Cidades Inteligentes em Tempos de Pandemia: Tecnologias disruptivas ao serviço das cidades

“A necessidade aguça o engenho”, já diz o ditado. E, em plena crise pandémica, torna­ -se ainda mais importante. Vivemos uma crise sanitária, sem precedentes nos últi­mos cem anos, que apesar de toda a tec­nologia, conseguiu parar o mundo, assim como a economia global.

Como é comum nestas situações, surgem novas tec­nologias, soluções, ou mesmo, novas formas de estar e viver. Estamos, por isso, num momento em que so­mos, todos, desafiados a contribuir com novas soluções para este problema global. Foi com esse espírito que, nos questionámos como podíamos ajudar e depois de alguns debates internos, surgiram dois contextos de atuação. Um ligado à iluminação, o outro, às cidades inteligentes.

Para a Arquiled, o vetor da iluminação era mais natu­ral. Sendo a empresa, uma das pioneiras europeias na iluminação por tecnologia LED, com mais de 15 anos de experiência neste setor, era o passo mais evidente. Ao mesmo tempo, os LED ultravioleta tipo C (UV-C) estão a começar a aparecer no mercado, criando assim a opor­tunidade de desenvolvimento de novas soluções.

Em menos de seis meses tínhamos já desenvolvido os primeiros protótipos de luminárias para desinfeção UV-C, com uma taxa de eliminação do novo coronaví­rus, superior a 99.95%. Trata-se de uma tecnologia mui­to promissora e que irá permitir tornar as salas de aula, escritórios e outros espaços bastante mais limpos e se­guros.

Contudo, no vetor das cidades inteligentes não era tão óbvio que tipo de soluções poderíamos usar no combate à pandemia, mas sabíamos que tínhamos duas armas importantes ao nosso dispor.

Por um lado, tínhamos a nova plataforma de Internet das Coisas (IoT) da Bright Science, a nossa empresa de engenha­ria e investigação. Uma plataforma que vai desde os dispositivos finais (edge computing), às comunicações, até à ges­tão na nuvem (cloud). E, sendo uma pla­taforma muito flexível permite rapida­mente a implementação de uma solução.

Por outro lado, a experiência em ilumi­nação pública. À primeira vista uma lu­minária, de iluminação pública, é apenas um simples candeeiro. Dá luz, ponto. Ou será que não?

Na nossa abordagem as luminárias po­dem e são, muito mais que isso. Se pen­sarmos bem, às luminárias estão em todo lado. Todas as ruas, praças, aveni­das têm várias luminárias e espaçadas poucos metros umas das outras. Além disso estão ligadas à rede elétrica. Pos­suem energia, estão no alto, numa posi­ção privilegiada. Trata-se assim de uma infraestrutura, um recurso, muito valioso que podemos explorar.

Foi com base nesta visão que desen­volvemos uma solução “Social Distance Monitoring System”, cuja principal fun­ção, como o próprio nome indica, é me­dir o distanciamento social. Tendo como base uma análise passiva do espectro radioelétrico, o sistema consegue me­dir fluxos de pessoas, densidades, aglo­merações com uma precisão que é tão melhor quanto o número de dispositivos instalados. Por exemplo, se numa rua for colocado um dispositivo em cada lumi­nária, podemos ter resoluções da casa dos quatro metros quadrados.

Este tipo de soluções, não intrusivas e totalmente anónimas (garantindo a privacidade), permitem saber quantas pessoas estão num dado espaço e qual o distanciamento entre as mesmas. E, tan­to pode ser usado ao ar livre, como em espaços fechados, com aplicações muito diversas. Desde o controlo de densidades em feiras, eventos, como na via pública em geral. Mas, também como sistema centralizado, em que o processamento dos seus dados históricos pode prever padrões de comportamento e, com isso, permitir às autoridades para, de forma pedagógica, dissuadirem situações de comportamento de risco.

E o que é melhor, é uma solução que não se esgota no combate à pandemia. A informação de fluxos de pessoas pode ser muito importante para a gestão das cidades. Seja para avaliação do sucesso de alguns eventos, como uma festa no centro da cidade, por exemplo, para sa­ber quantas pessoas atraiu nesses dias face aos restantes, qual o impacto na economia local, ou ainda para analisar quais os percursos mais usados dentro de uma cidade. As possibilidades são inúmeras e ainda só estamos a ver a pon­ta do icebergue.

A oportunidade é agora. É exatamente nos momentos de crise que devemos dar o salto e apostar em soluções disruptivas que nos permitam partir para um futuro melhor.


Texto da responsabilidade da empresa.

Fonte: Arquiled

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