Um conjunto de start-ups internacionais encontra-se em Lisboa a testar soluções de navegação pedonal para cegos, num exercício coordenado pela Câmara Municipal de Lisboa.
Dia 14 deste mês, estas start-ups e um conjunto de utilizadores cegos estiveram presentes na zona circundante à Av. Marquês de Tomar, 91 com o objetivo de testar as quatro soluções em causa.
No âmbito do programa de aceleração de start-ups focado na acessibilidade para todos (Better Mobility Accelerator), promovido pelo EIT Urban Mobility e executado em Portugal pela empresa Productized, uma equipa da Divisão do Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa envolveu um conjunto de pessoas cegas no sentido de se experimentar as soluções em desenvolvimento pelas start-ups participantes no programa.
Apesar de procurarem resolver um único problema – a navegação pedonal de cegos e pessoas com baixa visão – estas start-ups apresentam soluções tecnológicas completamente distintas, como a utilização de inteligência artificial para reconhecimento de objetos, a comunicação da presença de objetos por meio de sons, a utilização de estímulos através de um casaco sensorial e uma solução que replica as orientações de um cão-guia.
As pessoas cegas e amblíopes envolvidas nesta ação de produtos e protótipos vão experimentar as diferentes soluções, com o objetivo de as start-ups retirarem lições para o desenvolvimento dos seus produtos. Por outro lado, esta experimentação permite aos técnicos do Plano de Acessibilidade Pedonal compreender melhor o futuro das tecnologias de suporte à acessibilidade de pessoas de mobilidade condicionada, designadamente como estas se poderão relacionar com o planeamento da infraestrutura pedonal na cidade.
Como afirma o Vereador Ângelo Pereira, “esta ação insere-se no novo impulso que estamos a dar ao Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, o qual prevê a necessidade de contínua inovação e atualização das boas práticas para uma experiência pedonal mais inclusiva e de maior qualidade para todos os cidadãos, sem exceção.” E acrescenta: “o resultado mais visível do que tem este Plano já nos permitiu fazer, está na contínua renovação das passagens de peões acessíveis que continuamos a executar por toda a cidade. No entanto, o caminho para a construção de uma Lisboa acessível ainda é longo e trabalha-se em todos os pormenores.”
As start-ups envolvidas nos testes em Lisboa são a 3Finery (Espanha), a Omni Audio (Finlândia), a WhiteJacket (Espanha) e a .Lumen (Roménia).
Texto da responsabilidade da entidade.
Fonte: Câmara Municipal de Lisboa