A criação sonora Geomorfia #1.4, resultante de gravações de campo efetuadas na serra da Arrábida, foi apresentada por Carla Santana na sexta-feira à noite, num ambiente intimista, no espaço A Gráfica – Centro de Criação Artística, em Setúbal.
Depois de ao final da tarde ter havido uma conversa com a artista (artist talk), Carla Santana, que dedica parte da sua atividade à área das gravações de campo, apresentou a sua criação em forma de concerto/ato sonoro resultante de uma residência artística realizada no Parque Natural da Arrábida, em junho e julho, a qual reflete a vivência e o eco interior dos diversos locais da Arrábida e seus rumores.
Com base num processo de observação-escuta, os sons do vento e do mar, do raspar das folhas e ramos e do rolar das pedras movidas pela maré foram captados por Carla Santana em diversos locais da serra, para criar uma construção a partir das sonoridades da natureza, razão pela qual a autora descreve o projeto como uma cocriação com a Serra da Arrábida.
O projeto, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, tem programação e produção de Vitor Joaquim, dos Encontros de Música Experimental (EME) e da Minuto Apressado – Associação Cultural (MAAC), e integra o programa festival EME2023/MAAC. Ainda no âmbito deste projeto, para dia 23, entre as 10h00 e as 12h00, está agendado um passeio sonoro a partir do Portinho da Arrábida.
Carla Santana trabalha o som nas suas formas mais primárias, texturadas e contemplativas, através de paisagens sonoras com field recordings, captações eletroacústicas do som dos mais variados objetos e síntese analógica/digital, compõe para performances de teatro e dança e, entre outras atividades, integra o grupo de música improvisada Lantana.
Texto da responsabilidade da entidade.
Fonte: Câmara Municipal de Setúbal