Ambiente

Bosch neutra em emissões de carbono em 2020

Bilanzpressekonferenz Bosch 2019, am 09.05.2019, in Renningen, DEU, Deutschland, Germany, Copyright: Bosch

Primeira empresa industrial neutra em todo o mundo

  • Iniciativa Bosch é pioneira e sem precedentes no mundo inteiro
  • Investimento em fábricas, edifícios, energias renováveis, e eletricidade verde
  • Mais de mil milhões de euros destinados para a eficiência energética

Stuttgart e Renningen, Alemanha – A Bosch deve tornar-se totalmente neutra em termos de impacto ambiental, já no próximo ano. As mais de 400 localizações em todo o mundo e as suas instalações de engenharia, produção e admi-nistração vão reduzir a sua pegada de carbono para zero. A Bosch será assim a primeira grande empresa industrial a atingir esta ambiciosa meta em pouco mais de um ano. “Nós vemos a consciência ambiental como uma responsabilidade nossa e acreditamos que temos que agir no imediato”, afirma Volkmar Denner, presidente do conselho de administração da Robert Bosch GmbH. Para que seja possível atingir este resultado num período tão curto, a Bosch comprará mais eletricidade verde e compensará as emissões inevitáveis de CO2. Até 2030, a empresa aumentará gradualmente a parcela de energia renovável que gera e compra, e investirá mil milhões de euros para aumentar a eficiência energética das suas localizações.

Ao atingir a neutralidade ambiental, a Bosch deixará de contribuir para a concentração de dióxido de carbono na atmosfera. Esta é uma contribuição importante para o cumprimento do acordo climático de Paris, ratificado em 2015, que exige que o aquecimento global não vá além dos dois graus Celsius acima dos níveis pré-industriais. “O contributo para a redução do impacto ambiental negativo deve ser global”, conclui Volkmar Denner.

Um esforço suplementar para alcançar a neutralidade
Empresas industriais como a Bosch podem dar um contributo significativo para alcançar a neutralidade global, em termos de emissões poluentes. Segundo a Agência Internacional de Energia, a indústria transformadora representa cerca de 32% das emissões globais de dióxido de carbono. Neste momento, a Bosch emite cerca de 3,3 milhões de toneladas métricas de carbono por ano. A em-presa já reduziu as emissões de carbono em relação à sua criação de valor em quase 35% desde 2007. “Não começamos agora. Temos excedido consistentemente as nossas metas para uma redução relativa das emissões de carbono. Chegou a hora de alcançarmos metas absolutas. A contagem já começou e a meta está mesmo ao virar da esquina”, diz Denner.

Foco no fornecimento de energia sustentável e renovável
A partir de 2020, a Bosch compensará todas as emissões residuais e inevitáveis de carbono, principalmente comprando energia verde de fábricas antigas e participando de programas de compensação de carbono. A empresa está a investir em projetos ambientais, certificados com padrões rigorosos, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento social e ecológico. As compensações de carbono devem ser gradualmente eliminadas até 2030, razão pela qual a Bosch está a aumentar os investimentos em energias renováveis. Também pretende ampliar os sistemas fotovoltaicos nas instalações da empresa, como os que estão instalados nas unidades Nashik e Bidadi, na Índia. A empresa espera aumentar em 10 vezes a sua capacidade de produção de energia. Para além destas iniciativas, a Bosch irá assinar contratos com fornecedores exclusivos e a longo prazo com novas quintas eólicas e solares por todo o mundo, que poderão operar de forma lucrativa mesmo sem apoios do estado. “O novo poder da energia limpa contribui para uma mudança sustentável e sem subsídios desnecessário para a energia renovável”, acrescenta Denner.

Mil milhões de euros – e soluções conectadas – para uma maior eficiência energética
A eficiência energética é uma ferramenta poderosa para alcançar a neutralidade nas emissões de carbono. A Bosch vai investir mil milhões de euros na eficiência energética das suas fábricas e edifícios nos próximos dez anos. “Queremos reduzir o consumo de energia e as emissões de dióxido de carbono em termos absolutos, e não apenas em relação à criação de valor”, afirma Volkmar Denner. Até 2030, a empresa prevê economizar energia adicional em cerca de 1,7 terawatts- hora por ano. Este é mais do que um quinto do seu consumo anual atual, e o equivalente à quantidade de eletricidade consumida por todas as habitações em Colónia. Esta iniciativo de gestão positiva do impacto ambiental é uma preocupação que já faz parte da atividade da Bosch há anos. Só em 2018, a empresa realizou cerca de 500 projetos de eficiência energética, reduzindo o consumo de energia em cerca de 1,5%. A produção conectada também faz parte do sucesso alcançado. Mais de 30 fábricas em todo o mundo já implementaram soluções de Indústria 4.0, baseadas na utilização de software e na cloud da Bosch. Esta solução permite monitorizar e controlar o consumo de energia de cada máquina em funcionamento.

Ações ambientais com impacto na economia e na sociedade
Até 2030, a empresa vai gastar mil milhões de euros na compra de eletricidade verde, na participação em programas de compensação de carbono e na aquisição de energia proveniente de fontes renováveis. Nesse mesmo período, a Bosch vai investir mil milhões de euros para aumentar a eficiência energética internamente. Este aumento na eficiência energética significa uma poupança na ordem dos mil milhões de euros para a Bosch, reduzindo assim os gastos da empresa com a neutralidade do carbono de cerca de dois mil milhões para mil milhões de euros até 2030. “A neutralidade do carbono é perfeitamente possível, e se perseguida com a determinação necessária, pode ser alcançada rapidamente. O nosso investimento beneficia não apenas a Bosch, mas também a humanidade, de uma forma geral” conclui Volkmar Denner

Uma seleção de projetos exemplares

A localização de Feuerbach – eficiência energética graças às pessoas e às máquinas
Feuerbach, na Alemanha, é a localização mais antiga da Bosch em todo o mundo. Inaugurada em 1909, sofre alterações de forma constante e sistemática no sentido de contribuir para a eficiência energética global da empresa. Com sessões de formação no seu “Energieerlebniswelt” (Mundo da Experiência Energética), a equipa local concentra-se na monitorização da energia e na consciencialização dos seus colaboradores. A equipa procurou, com grande sucesso, a recuperação de calor, a automação das linhas, a gestão do funcionamento das máquinas e projetos de renovação das instalações. As suas necessidades energéticas caíram mais de 50%, em comparação com 2007; as suas emissões de carbono – relativas à criação de valor – caíram 47%.

Analisar dados para economizar energia em Homburg
A localização da Bosch em Homburg, em Sarre, está a aproximar-se cada vez mais da visão livre de emissões e mais eficiente. Nesse sentido, já poupou ao mundo cerca de 5.000 toneladas métricas de dióxido de carbono, nos últimos dois anos e mais de 23.000 toneladas desde 2007. Para alcançar estes resultados, existe um compromisso diário entre a máxima transparência e a inovação técnica. Uma plataforma de gestão de energia, desenvolvida pela Bosch, usa dados de cerca de 10.000 pontos de medição, em toda a maquinaria. Os colaboradores podem monitorizar, controlar e otimizar o consumo de energia de cada máquina individualmente. As soluções técnicas incluem a ventilação das linhas de produção conforme as necessidades, a utilização do calor residual de vários processos e a gestão inteligente do consumo de energia das máquinas.

Telhados verdes, sistemas fotovoltaicos, e emissões de carbono neutras em Renningen
A localização da Bosch em Renningen tem sido neutra em carbono desde janeiro de 2019. As compensações de carbono são o equivalente à pegada de carbono do gás natural queimado pelo seu sistema de aquecimento. A instalação compra eletricidade verde para cobrir as suas necessidades de energia. Além disso, os 460 módulos fotovoltaicos, instalados nos telhados dos edifícios, geram eletricidade necessária para consumo próprio do campus. Para ajudar a controlar as temperaturas dentro dos edifícios, os telhados dos centros de pesquisa estão cobertos de um tapete verde; uma cisterna subterrânea de 3.600 m3 armazena a água da chuva, que se infiltra através da cobertura vegetal, para uso nas torres de refrigeração do sistema de ar-condicionado. Os telhados verdes também fornecem proteção contra a luz solar direta e a acumulação excessiva de calor no telhado. Esta combinação reduz em 20 a 30% a quantidade de energia necessária para a climatização de edifícios. Nesta localização também existe uma estação de tratamento de água que permite que a Bosch conserve cerca de 20.000 m³ de água potável por ano.

Aquecimento sustentável Rodez
Reduzir a pegada de carbono desta localização foi o que a equipa de Rodez, em França, se propôs a fazer quando em 2009 começou a implementar o seu plano de redução do impacto ambiental. Esta localização tem agora um sistema de aquecimento de biomassa a funcionar desde 2013. Este sistema queima lascas de madeira obtidas através de recursos florestais sustentáveis locais certificadas Rodez usa o este sistema para aquecer a água e gerar calor neste processo. Em média, esta rede instalada em todo o edifício, cobre 90% das suas necessidades de aquecimento. Consome cerca de 6.600 toneladas de lascas de madeira por ano. Ainda assim, a combustão desta biomassa não produz mais carbono do que aquele que as árvores retiraram da atmosfera. A fábrica reduziu as suas emissões anuais em cerca de 600 toneladas.

Reduzir a pegada de carbono em Bidadi e Nashik, na India, com fontes de energia próprias
A Bosch Índia também está a tentar alcançar a neutralidade de carbono através da utilização de fontes naturais de energia, disponíveis localmente. Impulsionada pela ideia de fornecer energia totalmente renovável à localização, a equipa da unidade de Nashik começou a instalar os primeiros sistemas fotovoltaicos em 2015. Neste momento conta com 50.000 painéis solares instalados em telhados, e estacionamentos, que geram cerca de 20% da energia necessário todos os anos. Esta unidade reduziu as suas emissões de carbono em cerca de 23.000 toneladas e economizou cerca de 25.000 megawatts-hora de energia, desde 2015. Isto equivale à energia consumida por cerca de 23.500 famílias indianas. Colaboradores da Bosch também desenvolveram uma solução ecológica para a limpeza dos módulos: a água é reciclada várias vezes e purificada usando métodos ambientalmente sustentáveis. A unidade de Bidadi, localizada a cerca de 1.100 quilómetros a sul de Nashik, também implementou sistemas de energia solar. Esta localização é capaz de produzir cerca de 30 por cento das suas necessidades energéticas através de um sistema fotovoltaico, que também oferece um benefício adicional: fornece as condições ideais para o cultivo de vegetais e ervas que são utilizadas na cafeteria da própria fábrica. O sol não é o único recurso aproveitado nesta localização que também canaliza a chuva para um pequeno lago, que permite reabastecer de água a população local.

Renováveis como principal fonte de energia para a Bosch no México
O México renovou a sua política energética. Novas diretrizes exigem que o país forneça 35% da eletricidade através de combustíveis não-fósseis, até 2024. Com muitas horas de sol por ano e regiões particularmente ventosas, a geografia e clima do México são dois fatores que, aliados ao compromisso do governo e das empresas, são determinantes para alcançar este objetivo. A Bosch faz parte deste movimento e já estabeleceu uma meta ambiciosa: a energia fornecida exclusivamente pelo parque eólico Dominica, no estado de San Luis Potosí, cobre mais de 80% das necessidades energéticas de todas as localizações da Bosch no México. A Bosch México conseguiu economizar 56.000 toneladas métricas de CO2 em 2018, através da utilização efetiva de energias renováveis.


Texto da responsabilidade da empresa.

Fonte: Bosch

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