Enquadrada nas comemorações de Lisboa Capital Verde Europeia, está patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa (MUHNAC- ULisboa), a exposição Variações Naturais – uma viagem pelas paisagens de Portugal organizada pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), em parceria com a Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Ciências e Museu Nacional de História Natural e da Ciência, e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).Uma exposição em que todos os sentidos são convocados, os viajantes sobem a uma montanha, descem a uma gruta e mergulham nas profundezas oceânicas.
A inauguração da exposição, que decorreu 24 de novembro, limitada no número de participantes devido à pandemia, contou com presença de João Pedro Fernandes, Ministro do Ambiente; João Catarino, Secretário de Estado da Conservação da Natureza; José Sá Fernandes, Vereador do Ambiente, Clima e Energia e Estrutura Verde da CML; Nuno Banza, Diretor do ICNF; António Cruz Serra, Reitor da ULisboa; e de Cristina Branquinho, Comissária da exposição, Professora da Faculdade de Ciências da ULisboa e Investigadora no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).
Variações Naturais oferece aos visitantes uma viagem pelos principais ecossistemas portugueses, que se encontram “reunidos” em 1200m2. Os visitantes passeiam encontrando plantas, animais e fósseis, escutando lendas e descobrindo relações entre espécies, pessoas e paisagens que vão da simples partilha de um espaço comum à predação e da culinária à literatura.
A exposição reparte-se por dez áreas principais correspondendo a dez ecossistemas: urbano, montanhoso, florestal (incluindo bosque, montado e estepe), maciços calcários (incluindo grutas), sistemas aquíferos (águas rápidas, águas lentas, paul), estuário, costa arenosa, costa rochosa, oceanos e ecossistemas insulares, com enfoque nos Açores e na Madeira.
As áreas da exposição são definidas combinando estruturas cenográficas, fotografia, vídeo e áudio, proporcionando uma experiência imersiva onde são convocados todos os nossos sentidos, com espécimes e modelos biológicos de mais de 140 espécies.
Apesar da pandemia, o prémio de Capital Verde Europeia constitui uma oportunidade única para a sensibilização ambiental. Para José Sá Fernandes, Variações Naturais, “é uma exposição conceptual e cenográfica e um contributo essencial para a defesa, preservação e valorização do património natural. Só defendemos o que conhecemos.”
Ao longo da exposição vão-se identificando, em mapas, os Parques Naturais e outras áreas protegidas onde se encontra cada ecossistema. No final, um expositor interativo permite explorar estas áreas de forma mais detalhada, convidando a visitas reais. “Uma verdadeira medida de sucesso desta exposição seria levar mais pessoas a visitar as áreas protegidas que temos”, acrescenta Sá Fernandes.
Uma ideia que foi reforçada pelo Ministro do Ambiente, que afirmou que a exposição “mostra algo que a todos orgulha: a biodiversidade de Portugal e que é pensada para levar os visitantes a conhecer in loco o que vê aqui”.
De líquenes e fungos a anfíbios e insetos, os conteúdos da exposição foram preparados com o apoio científico de mais de 40 investigadores especialistas de diferentes centros, laboratórios e institutos coordenados por Cristina Branquinho. Para quem investiga os efeitos das atividades humanas nos ecossistemas e na biodiversidade, com vista a minimizar esse impacto, “esta exposição é quase uma extensão da atividade científica”, afirma Branquinho. “Todas as soluções passam pelas pessoas. Esta exposição ajuda a sensibilizar.”
A exposição, que se planeia que fique em exibição até 2023, pode ser visitada no horário habitual do MUHNAC (terça a sexta-feira das 10h00 às 17h00; sábados e domingos das 11h00 às 18h00) de forma livre ou recorrendo a visitas orientadas, que podem ser reservadas (museus.ulisboa.pt/pt-pt/visitas-orientadas).
Créditos da Fotografia: Nuno Correia | CML
Texto da responsabilidade da entidade.
Fonte: Câmara Municipal de Lisboa